Giacaglia Advogados

Nosso Blog

Bruna Queiroz

Tópicos

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

FOI ACUSADO DE TENTATIVA DE HOMICÍDIO?

SAIBA O QUE FAZER PARA SE DEFENDER, QUAL A PENA E ENTENDA O CRIME

UMA ACUSAÇÃO GRAVE QUE EXIGE DEFESA URGENTE

Ser acusado de tentativa de homicídio é uma das situações mais graves e impactantes que uma pessoa pode enfrentar na vida.

Trata-se de uma acusação que envolve risco real de prisão, danos à reputação e um processo judicial complexo — que pode resultar em condenação com pena de muitos anos.

Por isso, entender o que caracteriza a tentativa de homicídio, quais são seus elementos, como se defender e quais são os direitos do acusado é essencial para quem está passando por essa situação — e também para os familiares que buscam orientação.

Neste artigo completo, você vai encontrar todas as respostas para lidar com uma acusação dessa natureza, inclusive com explicações sobre a pena, julgamento, diferença entre lesão corporal e tentativa, e os argumentos mais utilizados na defesa criminal.

SUMÁRIO

Por Que Ter Um Advogado Criminalista?

O Que É Tentativa De Homicídio?

Qual É A Pena Por Tentativa De Homicídio?

Quais São Os Elementos Da Tentativa De Homicídio?

Tentativa De Homicídio Ou Lesão Corporal?

O Acusado Pode Responder Em Liberdade?

Como Funciona O Julgamento?

Fatores Que Agravam Ou Atenuam A Pena

Diferença Entre Homicídio Consumado E Tentado

Acusação E Legítima Defesa: O Que Avaliar?

Como Se Defender Da Acusação?

Direitos De Quem Está Sendo Acusado

Saiba como lutar pelo seu direito neste guia definitivo, elaborado pela Dra. Bruna Queirozespecialista em Direito Penaladvogada e sócia do escritório Giacaglia Advogados!

O QUE É TENTATIVA DE HOMICÍDIO?

A tentativa de homicídio está prevista no artigo 121, §2º do Código Penal, em conjunto com o artigo 14, II. Trata-se da situação em que alguém tenta matar outra pessoa, mas o resultado morte não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente.

Exemplo clássico: alguém atira contra a vítima com intenção de matá-la, mas ela é socorrida a tempo e sobrevive.

Nesse caso, mesmo sem o resultado fatal, a conduta é punida, porque já houve início da execução do crime com intenção homicida.

Fundamento legal:

  • Art. 14, II do CP: Diz que o crime é tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente;
  • Art. 121 do CP: Trata do crime de homicídio, que pode ser simples ou qualificado (com agravantes, como meio cruel, motivo torpe etc.).

QUAL É A PENA POR TENTATIVA DE HOMICÍDIO?

A pena da tentativa de homicídio é definida com base na pena do homicídio consumado, com uma redução de 1/3 a 2/3, conforme a gravidade da tentativa e a proximidade da consumação do crime.

Exemplo:

  • Pena do homicídio simples: 6 a 20 anos;
  • Tentativa: pode ser de 2 a 13 anos e 4 meses, dependendo da fração de redução aplicada pelo juiz.

Se for tentativa de homicídio qualificado (motivo torpe, meio cruel, etc.), a pena base pode chegar a 30 anos, e a tentativa será calculada com redução sobre esse total.

QUAIS SÃO OS ELEMENTOS DA TENTATIVA DE HOMICÍDIO?

Para que haja tentativa de homicídio, três elementos precisam estar presentes:

  1. Início de execução: o agente iniciou atos concretos para matar alguém;
  2. Animus necandi (intenção de matar): deve haver dolo direto ou eventual;
  3. Interrupção involuntária: o crime não se consumou por fatores alheios à vontade do autor (ex: intervenção de terceiros, erro de pontaria, fuga da vítima).

A ausência de qualquer desses elementos pode descaracterizar a tentativa, resultando em outro tipo penal (como ameaça, lesão corporal, disparo de arma de fogo etc.).

TENTATIVA DE HOMICÍDIO OU LESÃO CORPORAL?

Uma das dúvidas mais comuns é a distinção entre tentativa de homicídio e lesão corporal.

A lesão corporal é um crime em que a intenção do autor não é matar, mas apenas ferir. Já a tentativa de homicídio pressupõe intenção de matar.

Essa diferença é fundamental para a defesa, pois:

  • A pena da lesão corporal é muito menor;
  • A lesão é julgada pelo juiz singular (não pelo júri popular).

Por isso, é papel da defesa demonstrar, sempre que possível, que não houve animus necandi, e sim uma ação com intuito apenas de lesionar.

O ACUSADO PODE RESPONDER EM LIBERDADE?

Sim. A regra no processo penal brasileiro é a liberdade durante o processo, salvo se houver motivos concretos para decretação da prisão preventiva, como:

  • Risco à ordem pública;
  • Risco de fuga;
  • Reiteração criminosa;
  • Intimidação de testemunhas.

É possível obter a liberdade provisória com ou sem medidas cautelares (como tornozeleira, proibição de contato com a vítima, recolhimento domiciliar etc.), inclusive por meio de habeas corpus.

COMO FUNCIONA O JULGAMENTO?

O julgamento da tentativa de homicídio é feito pelo Tribunal do Júri, porque se trata de crime doloso contra a vida, nos termos do artigo 5º, inciso XXXVIII da Constituição Federal.

Etapas:

  1. Inquérito Policial – investigação inicial;
  2. Denúncia do Ministério Público;
  3. Instrução processual – audiência com oitiva de testemunhas e interrogatório do réu;
  4. Decisão de Pronúncia – o juiz decide se o réu será julgado pelo júri;
  5. Sessão de Júri Popular sete jurados julgam o caso com base nas provas;
  6. Sentença – condenação ou absolvição.

FATORES QUE AGRAVAM OU ATENUAM A PENA

A pena pode aumentar ou diminuir, dependendo de:

Circunstâncias agravantes:

  • Motivo torpe (ex: vingança vil);
  • Meio cruel (ex: tortura, fogo, veneno);
  • Traição ou emboscada;
  • Homicídio contra mulher por razão de gênero (feminicídio);
  • Contra menor de 14 anos ou maior de 60.

Circunstâncias atenuantes:

  • Réu primário e com bons antecedentes;
  • Confissão espontânea;
  • Reação sob forte emoção (relevante valor moral);
  • Arrependimento posterior com socorro à vítima.

DIFERENÇA ENTRE HOMICÍDIO CONSUMADO E TENTATIVA

A diferença essencial está no resultado:

  • Homicídio consumado: a vítima morreu em decorrência da conduta do agente;
  • Tentativa de homicídio: houve intenção de matar e atos para isso, mas a vítima sobreviveu por causas externas (intervenção, erro, socorro etc.).

A intenção é a mesma, o que muda é o resultado final.

ACUSAÇÃO E LEGÍTIMA DEFESA: O QUE AVALIAR?

Um dos principais argumentos de defesa em crimes contra a vida é a legítima defesa, prevista no art. 25 do Código Penal.

Ela ocorre quando o agente age para se proteger de uma injusta agressão atual ou iminente, usando os meios necessários e proporcionais.

Requisitos da legítima defesa:

  1. Agressão injusta;
  2. Atual ou iminente;
  3. Uso moderado dos meios necessários;
  4. Intenção de proteger um bem (próprio ou de terceiro).

Se esses requisitos forem comprovados, a legítima defesa pode afastar a ilicitude da conduta, levando à absolvição total do réu.

COMO SE DEFENDER DA ACUSAÇÃO?

A defesa em casos de tentativa de homicídio deve ser planejada com estratégia, técnica e atenção aos detalhes do processo.

Teses de defesa possíveis:

  • Negativa de autoria – demonstrar que o réu não foi o autor;
  • Ausência de animus necandi – provar que não houve intenção de matar;
  • Excludente de ilicitude – legítima defesa, estado de necessidade;
  • Erro de tipo ou erro de execução;
  • Falsidade de provas ou testemunhos;
  • Inconsistências no inquérito (falta de perícia, laudos falhos);
  • Desclassificação do crime para lesão corporal.

Cada tese dependerá das provas disponíveis, da narrativa da vítima e das testemunhas, e da capacidade técnica do advogado.

DIREITOS DE QUEM ESTÁ SENDO ACUSADO

Mesmo acusado de um crime grave, o réu possui direitos constitucionais fundamentais, como:

  • Direito ao contraditório e ampla defesa;
  • Presunção de inocência até o trânsito em julgado;
  • Direito de permanecer em silêncio;
  • Direito de ser assistido por advogado;
  • Direito à audiência de custódia (se preso em flagrante);
  • Direito de apelar em liberdade (quando possível);
  • Direito de ser julgado por um júri imparcial.

Qualquer violação desses direitos pode levar à nulidade do processo ou de determinadas provas.

POR QUE TER UM ADVOGADO CRIMINALISTA?

A atuação do advogado criminalista é essencial desde o início do caso, principalmente quando há risco de prisão, provas frágeis ou testemunhas contraditórias.

Um bom advogado:

  • Analisa tecnicamente o inquérito e a denúncia;
  • Formula teses de defesa consistentes;
  • Atua para evitar a prisão ou obter a liberdade;
  • Conduz audiências, recursos e sustentações orais;
  • Prepara a defesa no Tribunal do Júri;
  • Atua com firmeza para proteger os direitos do acusado.

Não basta qualquer advogado: é essencial que o profissional tenha experiência em defesa criminal, conhecimento prático do tribunal do júri e capacidade de construir tese sólida e persuasiva perante os jurados.

A acusação de tentativa de homicídio exige atenção, técnica e ação imediata.

Ainda que o crime não tenha sido consumado, as consequências legais são severas e podem resultar em prisão prolongada, ficha criminal e danos irreparáveis à imagem do acusado.

Por isso, o primeiro passo é entender que há caminhos de defesa, que é possível responder em liberdade e que o sistema jurídico brasileiro oferece meios para contestar acusações injustas ou desproporcionais.

Não se trata apenas de conhecer a lei, mas de construir uma defesa estratégica, baseada em provas, argumentos técnicos e principalmente na atuação de um advogado criminalista de confiança.

ESTÁ SENDO ACUSADO DE TENTATIVA DE HOMICÍDIO? NÃO ESPERE!

Procure imediatamente um advogado criminal com experiência em Tribunal do Júri.

O tempo é fator decisivo para garantir uma defesa sólida, preservar provas e impedir abusos.

📞 Agende agora uma consulta e receba orientação especializada sobre o seu caso.

Esta gostando do conteúdo? Compartilhe!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha todos os campos para fazer login.



Preencha os campos abaixo e aguarde para falar com nosso escritório