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Ações Judiciais Contra Cirurgiões Plásticos Por Supostos Erros Médicos

A judicialização de casos envolvendo cirurgiões plásticos tem aumentado de forma significativa, especialmente em procedimentos estéticos onde o paciente não está satisfeito com o resultado.

Essa problemática exige uma análise cuidadosa da responsabilidade civil dos médicos, destacando a importância da distinção entre obrigações de meio e de resultado.

Neste artigo completo, vamos explorar como o direito aborda essas questões e como os profissionais podem se proteger de processos indevidos.

  1. O Que é Considerado Como Erro Médico?
  2. Como Funciona a Sanção aos Médicos na Via Administrativa?
  3. Como Funciona a Ação Judicial Contra Cirurgiões Plásticos Por Erro Médico?
  4. A Importância da Comunicação Clara com o Paciente
  5. Termo de Consentimento Informado e Documentação Adequada
  6. Medidas Preventivas Para Evitar Condenações Indevidas

Saiba como lutar por seu direito neste guia definitivo, elaborado pela Dra. Lígia Aceto, especialista em Direito Médico e da Saúde, advogada e sócia do escritório Giacaglia Advogados!

1. O Que é Considerado Como Erro Médico?

Erro médico é qualquer conduta do profissional da saúde que, por ação ou omissão, gere dano ao paciente.

No caso da cirurgia plástica, que é uma área com alta expectativa em relação aos resultados, é comum que o paciente confunda insatisfação com o efeito estético e um verdadeiro erro médico.

Para configurar um erro médico em procedimentos estéticos, é necessário comprovar que o profissional utilizou uma técnica inadequada, desatualizada ou fora dos padrões exigidos pela medicina.

Os tribunais têm reforçado que a simples insatisfação com o resultado de um procedimento estético não configura erro médico.

O paciente precisa demonstrar que houve um desvio na conduta esperada do médico e que esse erro resultou em dano comprovado, estabelecendo, assim, o nexo de causalidade entre a conduta do profissional e o prejuízo ao paciente.

2. Como Funciona a Sanção aos Médicos na Via Administrativa?

Além das ações judiciais, médicos podem enfrentar sanções administrativas no âmbito dos Conselhos de Medicina.

Quando um paciente registra uma denúncia por suposto erro, o Conselho Regional de Medicina realiza uma investigação para avaliar se houve infração ao Código de Ética Médica.

Caso seja constatado o erro, as penalidades podem variar desde advertências até a cassação do registro profissional.

Contudo, mesmo no âmbito administrativo, é fundamental que o médico tenha um suporte jurídico especializado, que possa orientá-lo e garantir que o processo siga os devidos trâmites, respeitando os direitos do profissional de defesa e contraditório.

3. Como Funciona a Ação Judicial Contra Cirurgiões Plásticos Por Erro Médico?

A responsabilidade civil dos cirurgiões plásticos, em casos de procedimentos estéticos, é frequentemente tratada como uma “obrigação de resultado”.

Isso significa que, em tese, o médico tem a obrigação de garantir o resultado estético esperado pelo paciente.

Porém, a jurisprudência tem mitigado essa regra, destacando que, em muitos casos, a obrigação do cirurgião é de meio, ou seja, ele deve empregar todas as técnicas adequadas e realizar o procedimento com o cuidado esperado de um bom profissional, mas não pode garantir um resultado estético perfeito.

Em uma ação judicial, cabe ao paciente provar que o médico agiu com negligência, imprudência ou imperícia, e que essa conduta causou o dano.

A defesa do médico deve focar em demonstrar que o procedimento seguiu todos os padrões exigidos, sendo essencial a apresentação de documentos, como prontuários, registros do procedimento e, especialmente, o termo de consentimento informado, onde o paciente reconhece os riscos e limitações do tratamento.

4. A Importância da Comunicação Clara com o Paciente

Um dos principais fatores que levam a litígios é a falta de comunicação clara entre o médico e o paciente.

Expectativas irreais sobre o resultado de uma cirurgia plástica podem gerar frustrações e abrir espaço para ações judiciais.

Por isso, é fundamental que o cirurgião seja transparente quanto aos resultados possíveis, riscos e limitações do procedimento.

Manter um registro detalhado de todas as consultas, conversas e explicações dadas ao paciente é uma medida de precaução essencial para se resguardar de eventuais alegações de erro médico.

A boa relação médico-paciente e a clareza sobre os limites da cirurgia plástica reduzem significativamente as chances de conflitos.

5. Termo de Consentimento Informado e Documentação Adequada

O termo de consentimento informado é uma ferramenta essencial para proteger os cirurgiões plásticos de processos judiciais.

Ele deve ser elaborado de forma clara e objetiva, explicando todos os aspectos do procedimento, possíveis riscos e o que o paciente pode ou não esperar do resultado.

Esse documento demonstra que o paciente foi adequadamente informado, diminuindo as chances de alegações de desconhecimento dos riscos.

Além disso, a documentação completa de todo o processo cirúrgico — desde os exames preliminares até o pós-operatório — é essencial em caso de questionamento judicial.

Essa documentação serve como prova de que o profissional agiu conforme os padrões médicos exigidos.

6. Medidas Preventivas Para Evitar Condenações Indevidas

Para evitar condenações indevidas, cirurgiões plásticos devem adotar algumas medidas preventivas:

  • Manter-se atualizado: Cirurgiões devem garantir que suas técnicas e procedimentos estejam sempre de acordo com as práticas médicas mais recentes e com os protocolos reconhecidos;
  • Documentação completa: Prontuários, exames, termos de consentimento e registros fotográficos do pré e pós-operatório são fundamentais;
  • Assessoramento jurídico especializado: Ter uma assessoria jurídica contínua garante que o médico esteja sempre respaldado e orientado quanto às melhores práticas para evitar litígios;
  • Seguro de responsabilidade civil: É aconselhável que cirurgiões tenham um seguro de responsabilidade civil, que pode cobrir eventualidades decorrentes de processos judiciais.

A crescente judicialização contra cirurgiões plásticos exige que esses profissionais estejam atentos às suas responsabilidades e aos riscos inerentes à sua atividade.

Embora a insatisfação estética não seja suficiente para configurar um erro médico, é essencial que o profissional adote medidas preventivas, como uma comunicação clara com o paciente e a manutenção de uma documentação precisa.

A assessoria jurídica especializada pode fazer a diferença, garantindo que os direitos dos médicos sejam preservados e que o processo judicial seja conduzido de forma justa e equilibrada.

A nossa equipe do escritório Giacaglia – Advocacia Especializada em Saúde está à disposição para prestar esclarecimentos e oferecer assistência jurídica especializada em casos relacionados à saúde e direitos médicos.

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